quarta-feira, março 01, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura




 Jumento do Dia

   
Maria Luís Albuquerque

Maria Luís Albuquerque esconde o seu silêncio tentando denegrir outros partidos, sugerindo que está disponível para falar no parlamento e defendendo que ao contrário de outros partidos respeita o parlamento.

Quanto ao respeito pelo parlamento todos se recordam da forma como o respeitou quando foi chamada a prestar declarações sobre os famosos swap. Mas vir dizer que espera que parlamento a chame e que é esse o local próprio para falar já é abusar da nossa paciência. Maria Luís fala em todo o lado,quando lhe convém vai à escola dos putos do PSD a Castelo de Vide, dá entrevistas, fala que se desunha.

Agora que está atrapalhada prefere ver o que se consegue saber, antes de dar a cara para assumir responsabilidades. A verdade é que depois de Passos já ter falado e de Paulo Núncio ter sio desmascarado, o que o levou ao seu momento de elevação de carácter ao assumir responsabilidades políticas, Maria Luís não tem argumentos para ficar calada e muito menos para fazer insinuações sobre outro políticos.

 Dúvidas que me atormentam

Haverá alguma relação entre as práticas governativas de Paulo núncio e a sua ida para o escritório da Morais Leitão? Sendo este escritório especializado na advocacia para os ricos a dúvida faz sentido, em todos os processos envolvendo os ricos Paulo Núncio teve uma postura pouco ortodoxa para um SEAF a quem cabe cobrar impostos.

 Serão só estatísticas

Quando o jornal Público divulgou o apagão das transferências para as offshores, Paulo Núncio apressou-se a desvalorizar o incidente dizendo que era apenas um problema de divulgação de estatísticas. Só que são cada vez mais as vozes preocupadas com a possibilidade de não ter havido qualquer controlo. Até onde terá ido Paulo Núncio na protecção dos mais ricos?

      
 Sócrates não seria sócio do Vicente
   
«Há uma forma mais eficaz do que qualquer outra quando alguém não quer que os outros descubram que se é dono de uma sociedade. Essa forma são as ações ao portador. Não há nomes inscritos em lado nenhum, não existem titulares declarados a entidades reguladoras. São ações detidas apenas por quem as possui fisicamente e, em regra, costumam estar guardadas em cofres. As da Portmill estavam. A Portmill foi uma sociedade usada para adquirir posições relevantes nos maiores sectores de atividade da economia angolana. No verão de 2009, conseguiu ganhar a privatização parcial da operadora pública de telecomunicações, a Movicel, ficando com 40% da empresa. E pouco depois adquiriu 24% do capital social do BES Angola (BESA), um dos bancos mais robustos do país, por 290 milhões de euros.

Já nessa altura, para Rafael Marques, o mais conhecido jornalista angolano fora de Angola, havia um triunvirato por trás da Portmill: Hélder Vieira Dias, ministro e chefe da Casa Militar da Presidência da República, o general Kopelipa; Leopoldino Fragoso do Nascimento, chefe de comunicações da Presidência, general Dino; e Manuel Vicente, então presidente da Sonangol e, pela inerência de estar à frente da petrolífera estatal angolana, o verdadeiro tesoureiro do regime. Cada um dos três teria um terço das ações da Portmill. Nunca isso foi confirmado oficialmente. Em agosto de 2010, o jornal “Público” escrevia que tinha confrontado o BESA com a revelação feita por Rafael Marques, mas não obteve qualquer resposta.» [Expresso]
   
Parecer:

Um dia destes o caso BES, o caso do Magistrado e o caso BES vão ser unidos num único processo porque o malandro por detrás de tudo só pode ser o Sócrates.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»