domingo, julho 16, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
Margarida Marques, deputada 

Margarida Marques não perdeu tempo a vir dizer a todos que foi apanhada de surpresa com a sua saída do governo, como se dizia  que iriam sair secretários de Estado que tinham pedido para sair esclareceu que não tinha pedido e que se dava às mil maravilhas como ministro e com  o primeiro-ministro. EM vez de sair pela calada, decidiu fazer barulho para chamar a atenção para a sua pessoa, armando-se em vítima.

Agora sabe-se que já em maio o ministro lhe tinha informado que era intenção do primeiro-ministro substituí-la, faltava apenas uma oportunidade para o fazer, Desta forma sairia sem ser tocada na imagem, mas a ex- secretária de Estado preferiu uma "saída suja".

«Margarida Marques foi informada em maio pelo ministro dos Negócios Estrangeiros que o primeiro-ministro queria que saísse do Governo, apurou o Expresso. O momento para a saída não ficou logo acertado pois nessa altura António Costa ainda não sabia qual a melhor oportunidade para mexer no Governo. O pretexto veio a acontecer esta semana com as demissões de três secretários de Estado pelo facto de terem sido constituídos arguidos no caso das viagens da Galp.

A saída da secretária de Estado dos Assuntos Europeus, que se concretizou ontem, estará ligada a mal-estar entre alguns membros do corpo diplomático. E não partiu da iniciativa da própria, como Margarida Marques disse a vários órgãos de comunicação social. À edição semanal do Expresso, que está hoje nas bancas, afirmou que havia sido chamada pelo ministro Augusto Santos Silva. “Foi-me transmitido que por decisão do primeiro-ministro eu iria sair”, disse. “Não pedi explicações” porque “estas coisas acontecem na vida política”. O seu lugar foi ocupado por Ana Paula Zacarias, diplomata de carreira e com boa imagem no meio diplomático, o que permite serenar os ânimos internos.

O Público noticia este sábado que a gota de água para António Costa a afastar terá sido a má condução do processo de candidatura de Portugal à Agência do Medicamento, por esta ter considerado à partida que não valia a pena ponderar a cidade do Porto por razões técnicas. A carta de António Costa a Rui Moreira a comunicar que a cidade escolhida era Lisboa tem a data de 8 de junho e foi enviada já depois de ter sido comunicado a Margarida Marques que iria sair do Governo na primeira oportunidade.» [Expresso]

 Para o traste de Massamá meditar

As respostas á sondagem da Aximage sobre o que pensam os portugueses sobre o roubo de Tancos ou sobre a resposta à tragédia de Pedrógão mostram como o oportunisto de Passos, estratégia em que insiste, não colheu votos.





      
 Também eu
   
«O primeiro-ministro, António Costa, criticou a Altice no debate do estado da nação, em vésperas da empresa comprar a TVI, mas deixou também um desabafo que tem outro peso quando é dito por um primeiro-ministro: "Por mim, já fiz a minha escolha da companhia que utilizo".

António Costa estava a referir-se ao facto de, nos incêndios de Pedrógão, ter percebido que as comunicações da Vodafone não foram interrompidas como as da Meo (que pertence à PT/Altice), confirmou o Expresso junto do gabinete do primeiro-ministro. Aliás, no fim de semana do incêndio, um dos membros do gabinete do MAI deixou a um dos presidentes de câmara o seu telemóvel com rede Vodafone para que não estivesse isolado do mundo naquele cenário de terror. O Público acrescenta na edição deste sábado que o presidente da Vodafone ligou a António Costa a informar do restabelecimento da rede no domingo, dia 18, pela manhã, enquanto a PT/Meo esteve sem funcionar até domingo à tarde.» [Expresso]
   
Parecer:

Também prefiro a Vodafone.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 O cu e as calças
   
«"Há uma pergunta que é preciso colocar em Portugal: se a Altice está em condições financeiras para anunciar um dos maiores negócios de sempre, como é que está a despedir mais de três mil trabalhadores na PT?", perguntou a responsável bloquista.

"Lembro que os despedimentos coletivos estão sujeitos a autorização do Ministério do Trabalho. Um despedimento coletivo é algo que pesa imenso a cada trabalhador e é uma injustiça para quem dedicou a sua vida e o seu trabalho à empresa, mas é também um enorme custo social para o país e para a Segurança Social", acrescentou Catarina Martins.» [DN]
   
Parecer:

Quem ouve Catarina Martins acha que a senhora tem sempre razão e as soluções são todas simples. Esta posição relativa à Altice mostra como recorre ao populismo, uma empresa não despede por falta de dinheiro para pagar salários, mas sim porque entende que não precisa dos empregados. Mas para Catarina Martins uma empresa não pode despedir enquanto tiver um tostão para pagar salários. Teria sido mais inteligente perguntar porque razão a PT tem de um momento para o outro 3000 trabalhadores a mais.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se à senhora que não intoxique os portugueses com populismo.»

 Passos oportunista
   
«O líder o PSD considerou hoje que o "padrão" do Governo "é sempre o mesmo", o da "incompetência", não adiantando nomear novos secretários de Estado porque o executivo "não tem sequer a capacidade" de aprender com os erros.

Em Santa Maria da Feira, no jantar de apresentação dos candidatos à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e juntas de freguesia daquele concelho, Pedro Passos Coelho apontou como exemplo da falta de competência do Governo a "tragédia de Pedrógão Grande", explicando que "é incompreensível como o Estado, nem quando os portugueses lhe oferecem o dinheiro para poder ajudar, mostra competência para lhes poder acudir de facto".» [DN]
   
Parecer:

Passos lança estas criticas porque sabe que o regulamento do fundo vai ser publica e antecipa-se defendendo que o dinheiro deve ser distribuído sem regras, provavelmente quer que seja distribuído segundo critérios eleitorais, pelo homem da Santa Casa de Pedrógão que é o candidato autárquico do PSD. O oportunismo de Passos é tanto que quer usar o dinheiro da solidariedade para a campanha autárquica do PSD.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»

 A  anedota do dia
   
«Luís Montenegro, que vai deixar a liderança da bancada social-democrata, diz que o mais difícil nestes seis anos foi ter de aprovar reduções de salários e pensões, mas diz que foi um momento de emergência. Agora vai cumprir o resto do mandato "e ajudar Passos Coelho a voltar a ser primeiro-ministro", que diz apoiar por convicção e por entender que é o mais bem posicionado para ganhar pela terceira vez as legislativas.

Uma coisa é certa, Luís Montenegro, em entrevista ao Expresso, pedindo que não sejam feitas segundas leituras, diz que sente "que ganhei o direito de poder estar no futuro do PSD".» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

Parece que o Montenegro deixou a liderança do grupo parlamentar para se dedicar a contar anedotas
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Avise-se o Serafim e o Fernando Rocha que vão ter concorrência.»

 Montenegro vai ajudar Passos
   
«O cessante líder parlamentar do PSD está a posicionar-se para a liderança no pós-Passos. Luís Montenegro afirmou este sábado, em entrevista ao semanário Expresso, que sente que ganhou “o direito de poder estar no futuro do PSD.” Isto sem nunca enfrentar o atual líder, Passos Coelho, até porque o seu principal objetivo neste momento, confessa, é “ajudar Passos a voltar a ser primeiro-ministro.”

Luís Montenegro, na mesma entrevista, diz que apoiará o atual presidente do partido em qualquer disputa interna até 2019, que até veria como positiva, já que “o PSD não deve ter dúvidas sobre quem é o melhor para liderar o partido nas próximas legislativas“. Pode ser em primárias? Nisso o ainda líder parlamentar não vê “vantagem”, já que no PS foram um “falhanço clamoroso”, mesmo ao nível da mobilização.

Sobre Passos Coelho, Montenegro lembra que o líder do PSD teve “humildade para pedir desculpa” por falar nos suicídios que teriam ocorrido na sequência da tragédia de Pedrógão (que se revelaria uma informação falsa), destacando que isso “não enfraquece um político, engrandece um político”. Quanto ao facto de Passos ter utilizado um texto de Poiares Maduro num debate do Estado da Nação colocou o assunto ao nível do “fait-divers”.» [Observador]
   
Parecer:

Mas se correrem com Passos contem com ele para um passismo sem o traste de Massamá. Enfim, uma facada fina como se percebe pelo título do órgão oficioso da extrema-direita chique.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «D^-se a merecida gargalhada.»