sexta-feira, julho 21, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
André Ventura, a Le Pen de Loures

André ventura não é apenas apoiado pelo PSD, é hoje um dos símbolos do PSD e é por se sentir assim que diz o que diz. Este comentador rasca do futebol deve ter recebido tantos e-mails de eleitores do género daqueles que votam Le Peen que se sente com força para se armar na Le Pen de Loures. Passos Coelho acabou de inventar um pequeno monstro.

«O candidato do PSD à câmara municipal de Loures, André Ventura, reagiu às críticas de António Costa à sua candidatura, fazendo um apelo ao primeiro-ministro para se demitir: “Faça-nos um favor a todos e, para não envergonhar a nossa democracia, vá de férias… para sempre!“. Numa nota enviada ao Observador — após Costa dizer que Ventura é um candidato “racista” que “desonra o PSD” –, Ventura considerou “deplorável” a forma como o chefe de Governo se referiu à sua candidatura.

Ventura lembra que Costa já foi candidato a Loures e foi derrotado. Na mesma nota, o candidato social-democrata lamenta que “em vez de se preocupar com a corrida a Loures – onde já foi candidato e perdeu -, o primeiro-ministro devia era estar preocupado com o país a arder e com o vergonhoso roubo de material militar. Isso sim, é que nos envergonha a todos.» [Observador]

 Ser benfiquista

É tudo menos ser racista e espero que os benfiquistas de Loures estejam á altura das tradições e valores do seu clube.

      
 Candidata original
   
«“Estamos cá pela Teresa”. Passos Coelho e José Eduardo Martins não pouparam nos elogios a Teresa Leal Coelho, a “senhora Lisboa”, mas — tal como a candidata do PSD — não esqueceram o senhor do Governo: o primeiro-ministro. Nas críticas, claro. Nos discursos, os três visaram Fernando Medina, mas também António Costa. Na apresentação da sua candidatura na Fundação Champalimaud, em Lisboa, até a falar do Metro e da Carris, Teresa Leal Coelho visou o executivo: “A câmara e o Governo são responsáveis por um cada vez pior serviço público“.

Apesar de ter um discurso escrito, Teresa Leal Coelho não dispensou alguns improvisos. Um deles visava Medina e, claro, António Costa. Para a candidata social-democrata há entre os dois “uma matriz que é idêntica: Há uma tentação de endividamento, tanto no Governo, como no executivo camarário.” E acrescentou: “Temos de estancar essa deriva, para depois o PSD não ter de ir resolver.”» [Observador]
   
Parecer:

O que se poderá dizer de uma candidata cuja principal declaração na sua apresentação de candidatura foi a de que era uma segunda escolha? O momento devia ter servido para apresentar as suas ideias e propostas, marcando posição, em vez disso a sua candidatura só foi notícia para dizer que tinha sido uma escolha de recurso, ainda por cima trocou os Pedros, disse ele que os primeiros-ministros do seu partidos se chamavam todos Pedro, enfim, Temos o Pedro Sá Carneiro, o Pedro Balsemão, o Pedro Barroso, o Pedro Lopes e o Pedro Coelho, sem esquecer o inesquecível Pedrro Cavaco Silva.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Tenha-se dó da pobre senhora.»
  
 No melhor pano cai a nódoa
   
«Dois altos funcionários da Infraestruturas de Portugal — um dos quais ex-deputado do PSD — foram constituídos arguidos no âmbito da Operação Marquês. Luís Marques e José Luís Ribeiro dos Santos estão, segundo a SIC, a ser investigados por ligações ao projeto do TGV.

O ex-deputado social-democrata (que passou pela Assembleia da República entre 2002 e 2005, nos Governos de Durão Barroso e Santana Lopes), eleito por Santarém e engenheiro de profissão, passou pela construtora Lena no seu percurso profissional. Passa a integrar o lote de 30 arguidos (incluindo os dois mais recentes) de entre os quais se destaca José Sócrates.

O antigo primeiro-ministro é investigado por suspeitas dos crimes de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. Outras figuras de relevo visadas no processo são Armando Vara, ex-ministro e ex-administrador da CGD, Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, Paulo Lalanda de Castro (grupo Octapharma), Henrique Granadeiro e Zeinal Bava, antigos administradores da Portugal Telecom, o empresário Hélder Bataglia, Carlos Santos Silva, amigo do antigo primeiro-ministro e considerado testa-de-ferro de Sócrates, Joaquim Barroca, empresário do grupo Lena, entre muitos outros, incluindo empresas.» [Observador]
   
Parecer:

Digamos que Sócrates tinha um infiltrado no PSD.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Alerte-se Passos Coelho...»

 Comemoração estranha
   
«O presidente da República saudou esta quarta-feira Aníbal Cavaco Silva "de forma muito especial e calorosa", assinalando o 30.º aniversário da primeira maioria absoluta monopartidária da democracia portuguesa conquistada pelo PSD a 19 e julho de 1987.

"Há precisamente trinta anos, nas eleições realizadas no dia 19 de Julho de 1987, um partido político obteve a primeira maioria absoluta monopartidária da democracia portuguesa. No quadro do nosso sistema eleitoral, tratou-se - e trata-se - de um feito notável, que atesta a confiança dos Portugueses e o seu apoio a uma determinada solução político-governativa", lê-se numa mensagem do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, publicada no site da Presidência da República.

Sublinhando que, para essa vitória, "foram decisivos o carisma e a determinação do então líder do partido vencedor, o professor Aníbal Cavaco Silva, que serviu Portugal como primeiro-ministro e como Presidente da República", Marcelo Rebelo de Sousa saúda de o seu antecessor na chefia do Estado e o partido que liderou entre 1985 e 1995, anos em que também esteve à frente do Governo.» [Expresso]
   
Parecer:

Só Marcelo deverá perceber o que grande significado nacional terá uma maioria absoluta de um ínicio partido, conseguida com a preciosa ajuda de um aumento de pensões, preparado com tanto cuidado que nem o ministro da pasta, Mira Amaral, teve conhecimento, tendo sido surpreendido quando estava na praia. Curiosamente, este aumento das pensões, de que muitos se recordam, teve verba graças a um erro orçamental, cometido pelo governo que antecedeu Cavaco e que foi escondido do então ministro Mira Amaral  e de todo o governo. parabéns Marcelo e Cavaco.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Marcelo qual é a sua agenda de comemorações nacionais.»

 Bem me parecia
   
«O pedido pelo Ministério da Saúde com urgência no final do mês passado, o parecer da Procuradoria Geral da República (PGR) sobre o protesto de zelo dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia chegou na tarde desta quinta-feira e dá razão ao Governo. No documento, o Conselho Consultivo da PGR afirma que "só por si, a diferença de habilitações não obriga a diferenciação remuneratória", como está a ser exigido, "(…) pelo que a não prestação de serviço conduz a faltas injustificadas", logo "(…) podem/devem ser responsabilizados disciplinarmente".

No parecer é ainda sublinhado que "também não é de afastar a responsabilidade civil dos enfermeiros pelos danos causados aos utentes, quando designadamente não seja salvaguardada a prestação de determinados serviços". Desde o início do mês que dezenas de enfermeiros parteiros recusam prestar cuidados especializados em saúde materna e obstetrícia em protesto contra a falta de reconhecimento salarial destas competências acrescidas provocando dificuldades em hospitais e maternidades em todo o país. Ainda esta semana, por exemplo, a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa e uma das maiores do país, foi obrigada a fechar a Urgência a casos que não fossem, de facto, emergências.» [Expresso]
   
Parecer:

Ser colocado como enfermeiro numa maternidade e depois tirar uma especialização e exigir uma remuneração diferenciada em função das habilitações parece-me um pequeno exagero, a não ser que ser enfermeiro especialista seja uma exigência do serviço.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»

 Desta vez é de tirar o chapéu a Cristas
   
«A presidente do CDS justificou esta quinta-feira com os princípios da democracia cristã o abandono da coligação com o PSD em Loures, considerando que jamais deixará o partido ser associado ao racismo e xenofobia.

"O CDS tem um património longo, ainda ontem [quarta-feira] fizemos 43 anos. Basta olhar para a nossa carta fundadora e de princípios para perceber que tudo o que lá está continua a ser atual: princípios fundados na democracia cristã, no respeito absoluto por todo e qualquer ser humano", defendeu Assunção Cristas aos jornalistas, durante uma visita ao bairro do Loureiro, em Lisboa, esta manhã, enquanto candidata autárquica à capital.

A líder centrista argumentou que também faz parte do património do CDS "defender uma justa atribuição dos subsídios sociais e uma eficaz fiscalização de eventuais abusos nesses mesmos subsídios sociais", mas advertiu que "coisa diversa é querer associar práticas de abuso a conjuntos específicos de pessoas".» [Expresso]
   
Parecer:

Cristas também chama racista a ventura e este fica em calado.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento à Le Pen de Loures.»