sexta-feira, outubro 13, 2017

Umas no cravo e outras na ferradura



 Jumento do Dia

   
João Guerreiro, presidente da comissão independente do incêndio

Às 15 horas da tarde do incêndio de Pedrógão os responsáveis da Proteção Civil estavam perante um cenário que devia conduzir à evacuação de aldeias ou avisar populações idosas a sair de casa? Os procedimentos usuais aconselhavam essas medidas ou estas propostas cheias de "ses" resultam do conhecimento dos fatos que se seguiram àquela hora?

Com que meios se faria a evacuação de tanta gente, uma boa parte dela idosos? Esta debandada não faria vítimas? Quantas aldeias teriam sido totalmente destruídas depois de abandonadas e sem bombeiros?

Deverão todos os responsáveis pelos combates a incêndios e num momento em que esses incêndios ainda não ganharam dimensões dantescas devido a condições meteorológicas excecionais, deslocar recursos para avisar as populações e proceder a evacuações? Quantas das vítimas eram habitantes que teriam ouvido estes avisos a tempo?

A maioria das vítimas não eram residentes nas aldeias afetadas e apenas metade era da região. De certeza que os avisos aos mais jovens teria evitado a tragédia?

O relatório diz o que poderia ser feito, mas tendo por base tudo o que sucedeu depois, o que é fácil na perspetiva de quem não estava lá. Compreendo que se tirem conclusões, que se corrijam procedimentos, que se ganhe com a experiência. Mas não se pode condenar os responsáveis pelo combate a um incêndio se seguiram os procedimentos previstos.

Se João Guerreiro tivesse estado ao comando do combate ao incêndio, tendo por base a dimensão do incêndio e as previsões meteorológicas disponíveis àquela hora, teria atuado como defendido no relatório? Não me parece.

A maioria das vítimas de acidentes, sejam de que natureza forem, poderiam ser evitadas se no momento anterior ao antecedente os intervenientes estivessem em condições de ver e analisar durante várias semanas o filme do que sucedeu depois.

«"As medidas que deveriam ter sido tomadas, e da responsabilidade do comando, poderiam ter moderado o efeito do incêndio, designadamente levando à retirada das pessoas das aldeias", explicou João Guerreiro.

As medidas que deveriam ter sido tomadas, e da responsabilidade do comando, poderiam ter moderado o efeito do incêndio, designadamente levando à retirada das pessoas das aldeias
João Guerreiro
Para o perito, "se houvesse um sistema de sensibilização e se o comando entre as 15h e as 16h pudesse ter tido uma actuação no sentido de sensibilizar a população e de dar instruções de evacuação ou pelo menos de se meterem nas casas e de não saírem, provavelmente os dramas que aconteceram, não tinham acontecido", defendeu.

Contudo, frisou o coordenador, o incêndio teve características únicas em termos meteorológicos, provocando um descontrolo no combate ao incêndio e levando à morte das 64 pessoas. Questionado sobre se houve falhas no momento posterior, quando aconteceram as mortes, João Guerreiro explicou que "a partir de certa altura era impossível tomar conta do incêndio. Há indicações de que numa hora o número de hectares ardidos é uma coisa completamente fora do usual.  Houve condições atmosféricas que convergiram para essa hora que foram susceptíveis de criar isso", conta. "No espaço de uma hora a área ardida é impressionante e é nessa hora que morrem quase todas as pessoas", explica.» [Público]

«Metade das vítimas eram residentes na região, embora pudessem ter a primeira residência nas vilas sedes de concelho, e 12% eram visitas regulares, porventura com ligações familiares à região. Esta distribuição, maioritariamente composta por pessoas com fortes ligações à região (residentes ou visitas regulares), poderia indiciar um outro comportamento na convivência com o fogo: aguardar dentro das habitações que o fogo passasse, como era habitual. Apenas a violência do fogo, o brutal ruído gerado pelo vento e as perigosas e assassinas projecções fizeram com que as pessoas optassem por sair de suas casas e procurar abrigo nas sedes de concelho. Note-se que 70% das vítimas mortais estavam em fuga a partir das respectivas casas, que acabariam por não arder.» [Público]

 Dúvidas que atormentam

Depois das primeiras reações dos partidos não seria boa ideia constituir uma segunda comissão independente par analisar o relatório da primeira?

 Um orçamento muito original

Nunca se viu tal coisa, fica-se com a ideia de que o OE é um bolo-rei e cabe a Mário Centeno ir dando as fatias aos comensais, o BE já anda a apregoar que ficou com a fatia dos 3.500 professores que ficarão vinculados, enquanto as frutas cristalizadas da fatia do PCP é um aumento de 10€ em todas as pensões. Isto é, quem não for para a fila da sopa dos pobres dos partidos fica a ganir e não leva nenhuma fatia.

      
 A Ivanka Trump que se cuide
   
«Num outro folheto está uma mensagem de ódio dirigida aos judeus: "Quem luta contra o Judeu, luta contra o Diabo" – uma frase cuja autoria é atribuída a Julius Streicher, um dos responsáveis pela propaganda nazi antes e durante a Segunda Guerra Mundial e fundador do jornal Der Stürmer.

Aqueles folhetos, encontrados na zona de East Arlington, em Jacksonville, estavam enrolados e foram deixados em ruas de vários bairros, na direcção da porta de cada moradia. No fim das mensagens de ódio está impressa uma assinatura: Loyal White Knights – o maior dos vários grupos independentes espalhados pelos Estados Unidos da América que representam a 3.ª vaga do Ku Klux Klan.» [Público]
   
Parecer:

Convertida ao judaísmo e casada com um Judeu pode-se dizer que combater a Ivanka é combater o diabo. Veremos se o pai vai apoiar o KKK se der umas palmadas no traseiro da filha.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Eu mandava-os à bardamerda
   
«Mantendo um blackout quase absoluto sobre o empresário português desaparecido em Julho de 2016 em Moçambique, o Governo moçambicano ignora há meses as insistentes démarches da embaixadora de Portugal em Maputo. A diplomata e os seus assessores fizeram — em vão — sucessivos pedidos de audiência ao ministro do Interior moçambicano, Jaime Basílio Monteiro.

No fim de Fevereiro, depois dos primeiros sete meses de silêncio sobre o caso e quando foi tornado público o profundo mal-estar sentido em Portugal perante tão invulgar atitude entre países com relações próximas, o ministro Basílio Monteiro veio a Lisboa para se reunir, em separado, com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa e o primeiro-ministro António Costa. Nessa altura, o enviado do Presidente Filipe Nyusi disse que o cessar-fogo deveria ser renovado em breve pela Renamo, o que facilitaria a investigação e justificaria um novo encontro num futuro próximo. O prolongamento do cessar-fogo foi de facto anunciado dias depois e, passadas algumas semanas, a embaixadora de Portugal em Maputo, Maria Amélia Paiva, fez o primeiro pedido de audiência ao ministro.» [Público]
   
Parecer:

O regime moçambicano é uma ditadura sonsinha, ninguém se queixa mas é um regime bem mais perigoso do que o de Angola.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»