domingo, novembro 19, 2017

SEMANADA

Quem não chora não mama e o campeão nacional do choro é Mário Nogueira. Contando com o apoio do BE e do PCP e com a simpatia do CDS e do PSD, o sindicalista da FENPROF conseguiu mais uma exceção para os professores. Não tendo sido capaz de fazer uma abordagem global da austeridade que foi imposta aos funcionários públicos, o governo tem vindo a gerir a reposição da justiça em função das metas do OE, cedendo apenas aos que t~em mais poder reivindicativo.

A direita ficou muito excitada porque o PSD e o CDS subiram nas sondagens, desde os incêndios de Julho e depois de todas as desgraças que sucederam, o PSD teve uma grande “subida” entre Julho e  novembro, passou de 28,6% para 28,4%. Mas que grande subida, com aumentos destes ainda vão formar governo daqui a três ou quatro legislaturas.

A luta pela liderança do PSD começa a ser deprimente, os dois candidatos além de serem de uma pobreza deprimente e matéria de ideias, em vez de estarem a afirmar no que são diferentes, parecem ter optado por concorrerem um com o outro afirmando-se cada um deles como o mais semelhante a Passos Coelho. Rui Rio tenta exibir o intelectual que não é e Santana faz um grande esforço para se mostrar sério.

Já tinha acontecido com o negócio dos submarinos, quando a justiça alemã concluiu que tinha havido corrupção e em Portugal foi tudo arquivado e alguns intervenientes no negócio voltaram a ser governantes. Agora foi a OLAF que concluiu ter existido fraude nos negócios da Tecnoforma de Passos e Relvas, enquanto por cá o MP arquivou o processa na calada de uma noite do passado mês de setembro. Apesar de tudo o que se escreve, desta vez a PGR não se apressou a emitir comunicados a explicar o que fez, nem mandou nenhuma procuradora adjunta a um programa de televisão.