quarta-feira, novembro 22, 2017

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
António Costa, primeiro-ministro

Li e reli, achei que era engano, estas declarações eram de Passos Coelho, tinha de ser, é assim que Passos Coelho pensa, é isso que o ainda líder do PSD anda a dizer desde o primeiro dia. Mas não, contra a minha vontade estava enganado, quem falava assim era mesmo António Costa.

Afinal o que é que António Costa deu aos funcionários públicos? Que eu saiba não deu mais do que tinha sido decidido pelo Tribunal Constitucional e mesmo isso deu às prestações, tanto quanto sei não deu mais nada pois tudo o resto tanto deu aos funcionários públicos como aos restantes trabalhadores, a sobretaxa aplica-se a todos e as reduções via escalões do IRS também beneficiam todos.

Então onde é que os funcionários públicos estão a "roubar" ao progresso do país? António Costa falou como um político da direita de Passos Coelho, é lamentável, mesmo muito lamentável.

«"A ilusão de que é possível tudo para todos, já não existe isso. Temos de negociar com bom senso, com responsabilidade, procurando responder às ansiedades das pessoas, mas com um princípio fundamental: Portugal não pode sacrificar tudo o que conseguiu do ponto de vista da estabilidade financeira, porque isso, no futuro, colocaria em causa o que foi até agora conquistado", alegou.

"Todos estes objectivos devem ser cumpridos para aumentar a capacidade de o país investir onde é necessário. Se queremos investir mais na qualidade da educação, na qualidade do sistema de saúde e nos serviços públicos não podemos consumir todos os recursos disponíveis com quem trabalha no Estado", defendeu o líder do executivo.

"O défice para 2018 está fechado. Tendo sido tomada a decisão política de incorporar no Orçamento as medidas que em 2018 são possíveis - e que decorrem do relatório da Comissão Técnica Independente sobre incêndios -, isso tem naturalmente consequências sobre a previsão do défice. Agora, no que respeita a outras matérias, não haverá qualquer alteração" em relação à meta do défice em 2018, frisou António Costa.» [Jornal de Negócios]

 Sistema Fiscal



 Três pequenas dúvidas

Quanto vai custar ao país a mudança do INFARMED para o Porto? Quais as compensações para os seus quadros que terão de se mudar para o Porto e que nalguns casos vão ter as suas famílias divididas por quase 300 km?

Se estivesse em causa um novo organismo  faria sentido estudar outra localização, podendo comparar-se as vantagens oferecidas pelas várias hipóteses. Chamar a isto combate ao centralismo, como diz o ministro da Saúde, é um atentado à inteligência das pessoas.

Estamos perante uma decisão populista que certamente vai de encontro a negócios privados com o populista que lidera a autarquia do Porto. Parece que o ministro da Saúde já não sabe o que fazer ao dinheiro. Esta decisão não descentraliza nada, não poupa nada, não torna nada mais eficientes, é apenas uma decisão populista e eleitoralistas que visa calar e namorar a seita do Rui Moreira á custa do desrespeito pela vida dos funcionários do INFARMED.

O que vão fazer os que compraram casa em Lisboa, assumindo pesados compromissos financeiros, vão vender as casas à pressa e sujeitarem-se a ir para uma cidade onde terão de mudar tudo? O que farão os casais cujo conjugue não trabalha no INFARMED, o que não trabalha no INAFRMED opta pelo desemprego e sefgue com a família ou divorciam-se?

Se a EMA tivesse vindo para o Porto tudo ficaria como está, como a EMA vai para a Holanda, em menos de 24 horas António Costa decidiu sem olhar a custos financeiros e humanos decidir mudar um organismo. Isto é pura leviandade.

Já agora convinha que o ministro e o Moreira aprendessem a distinguir descentralização com deslocalização.

      
 Mas que grande palerma!
   
«Ficou tudo fechado esta segunda-feira, mas Rui Moreira acha que se abriu tudo para a cidade a que preside. “Agora estamos ainda mais na mira dos investidores internacionais”, diz o presidente da Câmara do Porto, que faz um balanço “muito positivo da candidatura nacional”.» [Expresso]
   
Parecer:

Enfim, uma candidatura publicitária.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
 Ofensa ou nacionalismo exacerbado
   
«Uma nova polémica surgiu nos últimos dias nas redes sociais, com consequências. Um hotel do Porto, que tinha na receção um enorme tapete com a imagem da bandeira de Portugal, viu-se esta segunda-feira obrigado a mudar a decoração após a chuva de críticas de internautas que consideraram tratar-se de desrespeito ao símbolo nacional.

Em comunicado publicado no Facebook, o Torel Avantgarde fez questão de sublinhar que é "o primeiro Hotel 5* decorado exclusivamente por artistas/designers e produtos portugueses é por isso uma homenagem à portugalidade", e que "o tapete no lobby com a ilustração da bandeira de Portugal foi mais uma forma de honrarmos e celebrarmos este facto e o nosso país".» [DN]
   
Parecer:

Anda por aí muita gente com uma grave crise de nacionalismo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Mau gosto ou dor de corno
   
«Já se está a tornar um hábito. Os comentários de Herman José nas publicações da “rainha da pop” começam a tornar-se um clássico. Desta vez, Madonna partilhou um vídeo a cantar o tema “Can’t Help Falling In Love”, de Elvis Presley, e o “verdadeiro artista” propôs-lhe uma canção nacional para a próxima atuação.

“Excelente. Vamos agora passar ao próximo nível. Proponho o ‘Eu Faço de Coentrada’ da nossa Rosinha”, comentou o anfitrião do programa “Cá Por Casa”, da RTP1, sugerindo um tema da cantora popular portuguesa, famosa pelas composições repletas de trocadilhos e de duplos sentidos.» [DN]
   
Parecer:
parece que o Herman quer recuperar a perda de brilho à custa da Madona.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»