segunda-feira, fevereiro 26, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Nuno Melo, deputado rico

Passados dois anos desde as últimas legislativas parece que não há Alka-Seltzer que ajude Nuno Melo a digerir uma Constituição que parece desconhecer. Não só já se esqueceu que o PAF formou governo e governou na sequência da sua grande vitória nas legislativas, bem como que esse governo caiu devido à oposição de uma maioria parlamentar, à semelhança do que já sucedeu com outros governos.

Melo ainda não percebeu que uma moção de censura ou o chumbo de um programa de governo por maiorias parlamentares é a mesma coisa. Quando o CDS ajudou a derrubar o governo do PS para ajudar à vinda da troika também estava a derrubar o governo de um partido que tinha ganho as eleições. A diferença está no fato de o governo do PAF ter sido um nado morto, porque a unidade para o derrubar aconteceu muito mais cedo do que com o governo do PS.

«É uma ideia transversal no discurso dos militantes do CDS: o objectivo principal do partido é que a direita tenha a maioria em 2019. Não se fala noutro número que não “116 deputados” - aqueles que são necessários para uma maioria no Parlamento.

Parece ser certo que a direita parlamentar vai ter de se entender se quiser ser Governo, por isso também os centristas estão atentos a Rui Rio, porque o sucesso parlamentar está também nas mãos da nova liderança do PSD.

Em entrevista ao PÚBLICO, o vice-presidente dos centristas, Nuno Melo, diz que “já não basta ao PSD ou ao CDS vencerem eleições para poderem governar”. O eurodeputado antevê a repetição da actual solução governativa “se a direita não tiver maioria absoluta”, deixando o cenário resumido a um “ou nós ou eles”. Apesar de não ser o maior partido da oposição, Nuno Melo garante que o CDS “é muitas vezes o motor da oposição”.» [Público]

 A PGR e os políticos

Depois das investigações ao perigoso Mário Centeno ouço numa televisão que estão passando a pente fino as declarações de rendimentos entregues por mais de 600 políticos no tribunal Constitucional, isto depois de terem passado a limpo as despesas feitas por dezenas de membros de um governo.

Atenção dado pela PGR aos políticos, desde os jogos da bola aos rendimentos, ocupando importantes recursos apesar de se a Procuradora Distrital de Lisboa se queixar de faltas de meios, deixando no ar que os governos pretendem asfixiar a sua (heróica) ação, leva-me a pensar que mais do que qualquer outros criminosos uma das grandes prioridades da nossa justiça são os políticos da democracia. Por este andar é mais tranquilo ir para traficante de droga ou para proxeneta do que para político.

mas o mais curioso destas notícias é que apesar de não darem em nada são passadas para a televisão e o português mais distraídos ainda vai achar que o Al Capone tomou conta do país. É esta a mensagem que alguém parece querer fazer passar, talvez para que seja necessário uma salvadora ou um salvador, uma espécie de Skip cheio de glutões comedores de nódoas do país.