sexta-feira, fevereiro 09, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Manuel Clemente, cardeal

Este cardeal parece ter estado congelado e reapareceu neste século em consequência do degelo provocado pelo aquecimento global. Permitir ao que a Igreja Católica recusou o divórcio que tenham uma vida conjugal, mas condicionando-lhes a concessão de sacramentos a troco da castrrção voluntária é demasiado ridículo para ser verdade.

«Os católicos recasados podem “em circunstâncias excepcionais” aceder aos sacramentos, mas a Igreja não deve deixar de lhes propor “a vida em continência”, isto é, sem a prática de relações sexuais. A orientação está contida no documento que o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, publicou anteontem, com algumas normas para regular o acesso aos sacramentos de pessoas em “situação irregular”, isto é, àquelas em que ao matrimónio sucedeu a ruptura e um casamento civil.

Nos casos excepcionais em que “após um longo caminho de discernimento” se entenda que a Igreja deve reabrir as portas a sacramentos como a comunhão e a confissão, D. Manuel Clemente aconselha que estes sacramentos se realizem “de modo reservado, sobretudo quando se prevejam situações conflituosas”.

É a resposta do Patriarcado de Lisboa à exortação apostólica Amoris Laetitia com o que Papa Francisco rematou os dois sínodos sobre a família que, em Outubro de 2014 e 2015, acompanharam o esforço claro da Igreja no sentido de uma maior abertura às novas formas de estar em família. Naquela exortação, publicada em Abril de 2016, o Papa desafiou as dioceses dos vários países a porem de parte “a fria moralidade burocrática” e a serem misericordiosas com quem se divorciou ou vive uma união fora do casamento. E, porque “o confessionário não deve ser uma câmara de tortura, mas o lugar da misericórdia”, Francisco aconselha, no já famoso rodapé 351 daquele documento, sobre o caminho para a reintegração: “Em certos casos, poderia haver também a ajuda dos sacramentos”.» [Público]

      
 O MP no seu melhor
   
«Cândida Almeida, que estava à frente do Departamento Central de Investigação e Ação Penal quando o procurador Orlando Figueira arquivou o processo que procurava determinar se eram lícitos os fundos usados por Manuel Vicente, ex-vice-presidente de Angola, para comprar um apartamento de luxo no Estoril, disse esta quinta-feira em tribunal que o dossiê de acompanhamento do processo "ter-se-á extraviado".

A antiga diretora do DCIAP deveria ter um dossiê de acompanhamento do processo que deu origem à Operação Fizz, mas não o tem, e o documento ter-se-á extraviado quando o próprio DCIAP mudou de instalações em 2015. Cândida Almeida dirigiu o departamento entre 2001 e 2013.» [DN]
   
Parecer:

Se calhar o dossier caiu no meio da rua quando estava a ser transportado.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 Empresária de sucesso
   
«O contrato com uma empresa da mulher do antigo ministro e secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, foi uma das mais de cem adjudicações diretas que a Junta de Freguesia da Estrela, presidida pelo social-democrata Luís Newton, omitiu nos últimos anos. O contrato, no valor de 31.686 euros, foi feito por ajuste direto com a March Strategy, Lda — cuja sócia-gerente e maior acionista é Marta Sousa Relvas — apenas um mês depois de a empresa ter sido criada. O contrato só foi publicitado no portal base.gov mais de dois anos após ter sido adjudicado — e já depois de ter terminado. Marta Sousa Relvas e Luís Newton negam, em declarações ao Observador, que Miguel Relvas tenha tido interferência na sua contratação.

O contrato foi assinado a 20 de abril de 2015, apenas um mês depois de a March Strategy, Lda ter sido criada. A empresa, segundo o registo comercial, é detida maioritariamente por Marta Sousa Relvas, que tem uma quota de 72%, e possui ainda uma segunda acionista (com 28%), Açucena Branca Silva Nicolau. Luís Newton disse na última Assembleia de Freguesia da Estrela, a 30 de janeiro, que é “falso” que a junta a que preside contrate muitos avençados com ligações ao PSD.» [Observador]
   
Parecer:

Esta gente roça o miserável.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»