sábado, março 10, 2018

UMAS NO CRAVO E OUTRAS NA FERRADURA



 Jumento do Dia

   
Hélder Jesus, presidente da associação de estudantes do ISCSP

O normal num líde de uma associação de estudantes de uma universidade seria defender a credibilidade dos cursos, não transigindo na sua qualidade para dessa forma credibilizar os diplomas que irão ser entregues aos estudantes. Mas no caso do ISCSP não é assim, primeiro está o ordenadito de Passos Coelho, não importa que um modesto licenciado seja promovido sem quaisquer provas ou currículo a catedrático, indo ensinar a quem sabe mais do que ele da matéria.

Mas em vez de ter a coragem de defender Passos Coelho vem com tretas que poem em causa um abaixo assinado. Um abaixo assinado não é o resultado de uma assembleia, não tem de ser aprovado seja quem for, quem quer assinar assina e quem não quer assinar não assina. Este rapazola não é ninguém para questionar a legitimidade de outros cidadãos manifestarem a sua opinião sobre um determinado assunto.

«Em comunicado divulgado esta sexta-feira, 9 de Março, a Associação de Estudantes do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) adianta que "não se revê num pretenso, porque desconhecido, abaixo-assinado de um 'grupo' de alunos do ISCSP, alegadamente em protesto sobre a recente contratação" de Passos Coelho como professor da faculdade.


Apresentando-se como o "órgão legitimamente representante dos estudantes desta instituição", a Associação de Estudantes refere que o referido abaixo-assinado "não vincula os alunos do ISCSP", até porque "de momento não cumpre as normas estatutárias que regem a mesma estrutura associativa". 

Para esta associação, a questão relativa à decisão de contratar Passos Coelho como professor de mestrados e doutoramentos na área de Administração Pública é uma "matéria da exclusiva competência dos órgãos de gestão do ISCSP", cuja "autonomia deve ser preservada em nome da defesa da legalidade, da legitimidade dos órgãos e dos superiores interesses do ISCSP e da Universidade de Lisboa".

Sobre quaisquer tentativas de politização do tema que venham a ocorrer, a Associação de Estudantes avança que "se demarca de qualquer tentativa de utilização do processo em causa, por pessoas colectivas ou individuais, para fins político-partidários por parte dos estudantes no seio da instituição", e "reitera" total confiança nos actuais órgãos de gestão da instituição de ensino. 

Ao Negócios, o presidente desta organização, Hélder Jesus, admite discutir o assunto em assembleia-geral do órgão representativo dos estudantes uma vez reunidas as assinaturas necessárias pelo abaixo-assinado.» [Jornal de Negócios]

 Coincidências

Em ano de escolha de novo procurador-Geral da República chovem processos mediáticos em Lisboa e a Procuradora-Geral Distrital de Lisboa passa a vida nas televisões. Por este andar os que defendiam a Joana ainda vão deixar cair a atual Procuradora-geral e sugerir que a Mizé seja nomeada.

Mas é lamentável que a senhora revele ualgum desconhecimento, como quando disse com ar de grande admiração que alguém "declara o ordenado mínimo e compra uma casa no Saldanha". É pena que a senhora Procuradora não saiba que se pode ser imensamente rico e nada declarar para efeitos de IRS, que é a única declaração fiscal que se faz no que respeita a rendimentos. Pode-se ter centenas de milhões de euros sem que se recebam rendimentos do trabalho e de pensões, aliás, quanto mais rico se é menor é a probabilidade de ter ordenado ou de receber uma pensão.

      
 Associação de estudantes exemplar
   
«A Associação de Estudantes do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa demarcou-se do abaixo-assinado, promovido por um grupo de alunos da mesma instituição de ensino, que questiona a contratação ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho como professor de mestrado e doutoramento.

Num comunicado dividido em cinco pontos, a direcção da AEISCSP afirma que não se revê “num pretenso” abaixo-assinado, “alegadamente em protesto sobre a recente contratação” de Passos Coelho. O órgão estudantil reitera ainda que o abaixo-assinado “não vincula os alunos do ISCSP” nem o “entendimento da AEISCSP sobre o processo em causa”. É também dito no comunicado que o documento contra a contratação do ex-primeiro-ministro não cumpre as normas estatutárias pelas quais o ISCSP é regido.

A associação de estudantes, através deste texto, pretende demarcar-se de forma clara de uma possível tentativa de utilização por parte dos estudantes no seio da instituição “para fins político-partidários”, afirmando que qualquer decisão “é da exclusiva competência dos órgãos de gestão do ISCSP”, diz a AEISCSP. É, portanto, pedido pelo órgão estudantil que essa autonomia seja preservada “em nome da legitimidade dos órgãos e superiores interesses do ISCSP e da Universidade de Lisboa”.» [Público]
   
Parecer:

Adivinhem de que partido é a direção desta associação de estudantes. Quando uma assoicação fala em pretendo abaixo assinado está a dizer tudo, estes idiotas parece não saberem que a partir do momento em que se tem uma assinatura deixa de ser um pretenso para passar a ser mesmo um abaixo assinado. Enfim, primeiro está o chefe, ainda que caído em desgraça , só depois vem a credibilidade da universidade, que diga-se, a bem da verdade, que nunca foi grande coisa.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Aceitam-se apostas.»
  
  Gente espertinha
   
«Começou doce, mas logo amargou. O Ministério da Saúde teve de mandar refazer o anúncio contra o consumo excessivo de açúcar depois de RTP, SIC e TVI terem decidido suspender a exibição do vídeo, apenas três dias depois de ter começado a ir para o ar. A razão para o terem feito? “O Ministério da Saúde foi informado pelas estações de televisão de que clientes do espaço publicitário se terão manifestado desagradados relativamente ao facto de alguns produtos apresentados nesta campanha poderem, no limite, remeter para gamas e marcas específicas”, respondeu fonte oficial ao Observador.

A campanha começou no dia 23, teve direito a protocolo assinado no Palácio da Rocha do Conde d’Óbidos, em Lisboa, com a presença do secretário de Estado da Saúde e representantes dos três canais generalistas e do Porto Canal, mas logo no dia 26 o anúncio foi retirado do ar. Até esta quinta-feira, altura em que um novo spot, alterado, voltou a passar nas televisões.

O que aconteceu afinal e quem se queixou a quem? A Unilever, que produz a Calvé, acha que aquela embalagem de ketchup é igualzinha à sua, e a Sumol/Compal considera que a lata que aparece no anúncio é uma lata de Sumol mal disfarçada. A Nestlé também não gostou de ver aquela caixa de cereais que pode ser de Cheetos associada a uma má prática alimentar.» [Observador]
   
Parecer:

Associar um anúncio destes a marcas existentes no mercado revela oportunismo preguiça que poderiam levar a processos judiciais. lamentavelmente a rapaziada do ministério não reparou no óbvio.
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Grande Marcelo!
   
«Marcelo Rebelo de Sousa  mantém praticamente o pleno de popularidade. A sondagem da Aximage para o Negócios e o Correio da Manhã mostra que, numa altura em que passam dois anos desde a tomada de posse (em 9 de Março de 2016) como Presidente da República, a popularidade de Marcelo é transversal a todo o espectro partidário e imune às preferências partidárias dos portugueses.

A síntese desta ideia fica patente pela percentagem idêntica de inquiridos do CDS (85,3%) e do BE (84,5%) que avaliam "bem" o desempenho do inquilino do Palácio de Belém. Próximo é também o número de inquiridos do PSD (92,1%) e do PS (87,8%) que vêem como "boa" a actuação do Presidente. Menor – mas mesmo assim alto – é o consenso verificado no eleitorado da CDU (PCP e PEV), com 75,2% dos entrevistados a avaliarem "bem" o trabalho de Marcelo.

O maior número de eleitores que avalia como "má" a actuação do chefe de Estado é uma vez mais idêntica e diz respeito, curiosamente, a entrevistados do  CDS (9,1%) e do BE (9,4%). » [Jornal de Negócios]
   
Parecer:

Como se sentirá a Catarina Martins?
   
Despacho do Diretor-Geral do Palheiro: «Pergunte-se.»